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O Que É Ethereum (ETH)?

Ethereum é um sistema de blockchain descentralizado e open-source, que possui sua própria criptomoeda, o Ether. O ETH funciona como uma plataforma para várias outras criptomoedas, bem como para a execução de [smart contracts] descentralizados (https://coinmarketcap.com/alexandria/glossary/smart-contract).

Ethereum foi definido pela primeira vez em um whitepaper de 2013 por Vitalik Buterin. Buterin, junto com outros cofundadores. O financiamento para o projeto foi garantido por uma venda pública online no verão de 2014, sendo lançado oficialmente o blockchain em 30 de julho de 2015.

O próprio objetivo do Ethereum é se tornar uma plataforma global para aplicativos descentralizados, permitindo que usuários de todo o mundo escrevam e executem softwares que sejam resistente à censura, tempo de inatividade e fraude.

Quem São os Fundadores do Ethereum?

Ethereum possui um total de oito cofundadores — um número inusitadamente elevado para um projeto de criptomoedas. Eles se conheceram em 7 de junho de 2014, em Zug, Suíça.

  • O russo-canadense Vitalik Buterin é talvez o mais conhecido do grupo. Ele foi o autor do whitepaper original que descreveu o Ethereum pela primeira vez em 2013 e até hoje trabalha para melhorar a plataforma. Antes do ETH, Buterin cofundou e escreveu para o site de notícias Bitcoin Magazine.
  • O programador britânico Gavin Wood é indiscutivelmente o segundo cofundador mais importante do ETH, pois codificou a primeira implementação técnica do Ethereum na linguagem de programação C ++, propôs a linguagem de programação nativa do Ethereum, Solidity, e foi o primeiro diretor de tecnologia do Ethereum Foundation. Antes do Ethereum, Wood foi um cientista pesquisador na Microsoft. Depois disso, ele estabeleceu a Web3 Foundation.

Entre os outros cofundadores do Ethereum estão: - Anthony Di Iorio, que subscreveu o projeto durante o início de seu desenvolvimento. - Charles Hoskinson, que desempenhou o papel principal na criação do Ethereum Foundation, com sede na Suíça, e seu jurídico. - Mihai Alisie, que prestou assistência para estabelecer o Ethereum Foundation. - Joseph Lubin, um empresário canadense que, como Di Iorio, ajudou a financiar o Ethereum durante seu início, e mais tarde fundou uma incubadora para startups baseada no ETH chamada ConsenSys. - Amir Chetrit, que ajudou a fundar o Ethereum, mas se afastou dele no início do desenvolvimento.

O Que Torna Ethereum Único?

Ethereum foi o precursor do conceito de uma plataforma de blockchain de smart contract. Os smart contracts são programas de computador que executam automaticamente as ações necessárias para cumprir um acordo entre várias partes na internet. Eles foram projetados para reduzir a necessidade de intermediários confiáveis entre os contratantes, reduzindo assim os custos de transação e aumentando a confiabilidade da transação.

A principal inovação do Ethereum foi projetar uma plataforma que permitiu executar smart contracts usando o blockchain, o que reforça ainda mais os benefícios já existentes da tecnologia dos smart contracts. O blockchain do Ethereum foi projetado, de acordo com o cofundador Gavin Wood, como uma espécie de "um computador para todo o planeta", teoricamente capaz de tornar qualquer programa mais robusto, resistente à censura (censorship resistant) e menos propenso a fraudes ao executá-lo em uma rede distribuída globalmente em nós públicos.

Além de smart contracts, o blockchain do Ethereum é capaz de suportar outras criptomoedas, chamadas de "tokens", por meio do uso de seu padrão de compatibilidade ERC-20. Na verdade, esse tem sido o uso mais comum da plataforma ETH até agora: até o momento, mais de 280.000 tokens compatíveis com ERC-20 foram lançados. Mais de 40 deles fazem parte das 100 principais criptomoedas por capitalização de mercado como, por exemplo, USDT, LINK e BNB.

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Quantas Moedas Ethereum (ETH) Há em Circulação?

Em agosto de 2020, existiam por volta de 112 milhões de moedas ETH em circulação, das quais, 72 milhões foram emitidas no bloco gênesis — o primeiro livro do blockchain do Ethereum. Dessas 72 milhões, 60 milhões foram distribuídas para os contribuidores iniciais através da venda coletiva de 2014 que financiou o projeto e 12 milhões foram entregues ao fundo de desenvolvimento.

A quantia remanescente foi emitida na forma de recompensas de bloco para os mineradores da rede Ethereum. A recompensa original em 2015 era de 5 ETH por bloco, que mais tarde diminui para 3 ETH no final de 2017, e depois para 2 ETH no início de 2019. O tempo médio que leva para extrair um bloco Ethereum é de cerca de 13-15 segundos.

Uma das principais diferenças entre a economia do Bitcoin e do Ethereum é que o Ethereum não é deflacionário, ou seja, seu fornecimento total não é limitado. Desenvolvedores do Ethereum justificam isso por não quererem um "orçamento fixo de segurança" para a rede. Ser capaz de ajustar a taxa de emissão do ETH via consenso permite que a rede mantenha a emissão mínima necessária para a segurança adequada.

Como a Rede Ethereum É Assegurada?

Considerando até agosto de 2020, o Ethereum é protegido por meio do algoritmo Ethash proof-of-work, pertencente à família Keccak de funções hash.

No entanto, há planos para fazer a transição da rede para um algoritmo de proof-of-stake vinculado à principal atualização do Ethereum 2.0, com lançamento previsto para o final de 2020 ou início de 2021.

O Merge (Fusão) do Ethereum

Em 2022, o Ethereum renomeou sua transição de proof-of-work para proof-of-stake do Ethereum 2.0 para "The Merge" (A Fusão). The Merge está programada para 15 de setembro de 2022, com a conclusão bem sucedida da fusão da testnet Goerli ocorrendo em 11 de agosto de 2022.

Leia: Tudo que você sempre quis saber sobre The Merge do Ethereum.

The Merge implementa várias mudanças críticas no Ethereum. Primeiro, ela funde a rede principal já existente PoW do Ethereum com a Beacon Chain, a cadeia PoS. Juntas, as duas cadeias formarão o novo Ethereum proof-of-stake, sendo uma camada de consenso e uma camada de execução. A camada de consenso sincronizará o estado da cadeia através da rede, enquanto a camada de execução lidará com as transações e produção de blocos.

Em segundo lugar, a fusão reduzirá significativamente a emissão de ETH. Isso foi apelidado de "triple halving", se referindo ao halving do Bitcoin, já que a Merge reduzirá a emissão do ETH em 90%. Com mais de 14 milhões de ETH já em stake, o ETH pode muito bem se tornar deflacionário após a transição. Além disso, as projeções atuais esperam que os stakers ganhem entre 8% e 12% de APR. O Stake de ETH não poderá ser sacado imediatamente após a fusão - isso só ocorrerá após a atualização Shangai, estimada para 6 a 12 meses depois.

Saiba mais sobre os entendimentos equivocados acerca do Ethereum após o Merge.

"The Merge" não aumentará a taxa de transação ou reduzirá a taxa de gás, uma vez que a taxa de produção do bloco permanecerá aproximadamente de 12 segundos (praticamente a mesma, dado que atualmente a taxa é de 13 segundos). Isso também não permitirá governança on-chain, com mudanças do protocolo ainda sendo discutidas e decididas off-chain pelas partes interessadas.

É importante ressaltar que, espera-se que a transição para PoS reduza o consumo anual de energia do Ethereum de 112 TWh/yr para apenas 0,01 TWh/yr — uma queda de 99,9%. Esta redução leva os investidores a esperar uma arrecadação de dinheiro institucional para um Ethereum "mais verde". Do outro lado, os mineradores de Ethereum, em uma indústria com valor estimado de US$19 bilhões, defendem o ETHPoW, um hard fork do Ethereum no proof-of-work. Explicamos as principais diferenças em nosso artigo ETH PoS vs ETH PoW.

Aprofundando no Ethereum 2.0

O Ethereum 2.0 — também conhecido como Serenity — é a atualização que todos estavam esperando no blockchain do Ethereum.

Isso é muito importante. A rede é a casa da segunda maior criptomoeda do mundo por capitalização de mercado, razão pela qual a transição precisa ocorrer de forma tranquila. Bilhões de dólares estão em jogo (literalmente!)

Confira nosso FAQ para encontrar os prós e contras da nova rede, quais são seus planejamentos e o que isso significa para aplicativos descentralizados.

O Que É o Ethereum 2.0?

De forma resumida o Ethereum 2.0 resultará na mudança do mecanismo de consenso do blockchain de proof-of-work (também utilizado pelo Bitcoin) para proof-of-stake. Isso vai marcar a retirada de um protocolo testado e aprovado que vem sendo utilizado há cinco anos.

Isso não resultará na criação de uma nova criptomoeda — seu ETH será exatamente o mesmo. Na verdade, a maioria das alterações serão nos bastidores, com melhorias técnicas que você provavelmente nem perceberá.

A rede blockchain do ETH 2.0 existe desde 2015, e não será implementada da noite para o dia. Um dos principais objetivos é aumentar a capacidade, o que significa que as transações poderão ser executadas de forma mais rápida. A explosão dos DApps open-source, sem mencionar o setor das finanças descentralizadas, sobrecarregaram esta rede blockchain.

Por exemplo, veja o que aconteceu quando CryptoKitties foi lançado nos deliciosos dias de 2017, quando o Ether e o Bitcoin estavam se direcionando para os recordes de máximas históricas. A demanda por esses gatos colecionáveis atingiu picos, resultando em dezenas de transações presas, aguardando para serem processadas.

Preparar a mainnet, garantindo que ela seja escalonável no futuro pode acabar sendo crucial para a sua sobrevivência Sem isso, os entusiastas das criptomoedas podem acabar levando seus negócios para outro lugar.

Como o Ethereum 2.0 Difere do Ethereum 1.0?

A empresa de tecnologia em Blockchain ConsenSys tem uma maneira clara de descrever como o ETH 2.0 se difere do seu antecessor ETH 1.0.

Imagine que o Ethereum 1.0 é uma estrada movimentada de pista única, o que significa que todos os carros se movimentam lentamente quando há congestionamento.

O Ethereum 2.0 irá introduzir o sharding (explicaremos mais sobre isso na próxima questão), o que tem o efeito de transformar o blockchain em uma rodovia com dezenas de pistas. Isso irá aumentar o número de transações que podem ser tratadas simultaneamente.

Esta mudança de PoW para PoS será muito importante, principalmente em termos de eficiência de energia. Proof-of-work utiliza uma quantidade absurda de energia — tanto que uma única transação do blockchain do Bitcoin possui uma pegada de carbono equivalente a 667.551 transações com VISA. Um pagamento no Ethereum 1.0 utiliza mais eletricidade do que uma típica família americana em um dia inteiro.

As estimativas do Institute of Electrical and Electronics Engineers (na sigla IEEE) sugerem que a atualização do ETH 2.0 reduzirá o uso de energia em 99%. Isso significa que, além de contribuir para a busca da liberdade financeira, o blockchain não será prejudicial ao meio ambiente.

O Que São Shard Chains?

Sharding (fragmentação) é uma tecnologia que levará a escalabilidade ao Ethereum 2.0. Efetivamente, isso envolve dividir a mainnet do blockchain em cargas de pequenas "shard chain" (cadeias fragmentadas) que são executadas entre si. Assim, no lugar das transações serem executadas em uma ordem consecutiva, elas serão tratadas simultaneamente — e isso claramente significa um uso muito mais inteligente do poder computacional.

Conforme esclarecido pela equipe ConsenSys: "Cada shard chain é como adicionar outra pista para atualizar o Ethereum de uma pista única para uma rodovia com várias faixas. A adição de pistas e processamentos paralelos levam a uma taxa de transferência muito maior".

Agora, você deve estar pensando "Isso é genial!". Por que isso não foi feito desde o início?!" — a resposta, para ser direto, é que a vida não é simples assim.

Uma das maiores desvantagens do sharding é que se for mal feito poderá comprometer a segurança. Posto que, menos validadores serão encarregados de manter a segurança de cada uma dessas pequenas shard chains, há o risco deles serem incorporados por agentes maliciosos. Isso retoma ao clássico trilema dos entusiastas de criptomoedas: escalabilidade, descentralização e segurança — você pode escolher dois.

Como Funciona o Staking?

Uma mudança significativa no blockchain do Ethereum 2.0 é a alteração para staking. Isso implicará em toda uma nova forma de conceber a confirmação dos novos blocos.

O sistema PoS, conhecido como Casper, envolve validadores colocando realmente o seu próprio dinheiro em jogo. Para terem o privilégio de adicionar novos blocos no blockchain e receber uma recompensa, eles precisam disponibilizar 32 ETH, que serão bloqueados. Você pode comparar isso a uma apólice de seguro — assim como você perderia seu depósito de garantia se destruísse um quarto de hotel, os validadores arriscam perder seus ETH se não atuarem no interesse da rede blockchain.

Como você pode imaginar, isso é muito diferente da forma com que o Ethereum funciona no momento. Novos blocos são minerados por aqueles que possuem o maior poder computacional — uma tecnologia que está muito fora do alcance do consumidor médio. Com o consenso proof-of-stake, os blocos normalmente são delegados de forma proporcional, com base na quantidade de criptomoedas que alguém disponibilizou para bloqueio. Assim: uma pessoa que fez stake de 5% do total, irá validar 5% dos novos blocos e receberá recompensas. Com o Ethereum 2.0, os validadores serão aleatórios.

Vamos falar sobre dinheiro. Qual será o tamanho das recompensas? Bom, isso dependerá de quantos validadores existem - e irá diminuir com o tempo. O roadmap do Ethereum sugere que o ganho máximo seja de 18,1%, dos 32 ETH, ou no mínimo 1,56%.

Por exemplo, supondo que o valor de 1 ETH seja de US$300, será necessário o investimento de US$9.600 para se tornar um validador. Isso é uma grande mudança. Por causa disso, pools de staking surgiram para que os entusiastas de criptomoedas possam agregar seus Ether e compartilhar os rendimentos.

O Proof-of-Stake Será o Fim da Mineração do Ethereum?

Bom, resumidamente,....sim. Os pools de mineração do Ethereum vão ter que buscar outra coisa para fazer assim que o ETH 2.0 for totalmente lançado. Eles podem voltar sua atenção para as altcoins, ou começar uma nova carreira como staker.

Dito isso, eles não precisam começar a guardar seus equipamentos de mineração — proof-of-work ainda vai funcionar por um tempo, enquanto a testnet for colocada em prática, e cada fase começar a entrar em vigor.

Há temores de que tenhamos uma grande resposta negativa da comunidade de mineradores, e alguns podem até impedir a implementação do consenso PoS, no intuito de preservar seus preciosos ganhos. É improvável que isso se concretize, mas existe o risco de que possa haver um hard fork — um processo dramático em que uma criptomoeda se divide em duas.

Isso possui precedentes. Em 2016, a rede original do Ethereum passou por um hard fork após o hack da MakerDAO. O blockchain original em que o hacker manteve o dinheiro foi renomeado como Ethereum Classic (que seguirá como proof-of-work), enquanto a nova plataforma, em que o dinheiro foi devolvido, manteve o nome Ethereum.

Quais São os Prós e Contras do PoS do Ethereum?

Como já mencionamos, maior eficiência de energia é uma das maiores vantagens associadas ao staking. Mas isso é apenas o começo. Aqui estão alguns dos outros benefícios:

  • Menores barreiras de entrada. Se tornar um validador de blockchain no proof-of-work pode ser estupidamente caro, por precisar de equipamentos de mineração de alta tecnologia. Com o consenso PoS, o objetivo declarado pelo Ethereum é "permitir que o consumidor com um laptop comum valide os shards".
  • Um campo mais justo. Por causa dos equipamentos de mineração de alto custo, e o consumo elevado de energia necessário para o mecanismo de consenso PoW, a responsabilidade de criar novos blocos normalmente fica nas mãos de um pequeno grupo de mineradores que possuem fluxo de caixa para fazer isso possível.
  • Os ataques de rede são mais caros. Os validadores possuem interesse financeiro em certificar que o blockchain está seguro e protegido. Para que atores maliciosos tenham sucesso ao atacar a rede Ether, eles terão que fazer stake de um depósito em garantia — dinheiro que eles eventualmente perderiam.

Como seria de se esperar, há desvantagens no consenso proof-of-stake. Elas incluem:

  • Quem possuir uma grande quantidade em stake poderá ter uma super influência. Eliminar a mineração não significa que você se livrará do desequilíbrio de energia. Alguém rico pode fazer stake de 32.000 ETH, e acabar validando 100 vezes mais blocos do que qualquer um.
  • Não foi testado nessa escala. O Ethereum será a maior criptomoeda a fazer a transição para Proof-of-Stake. Complicações e vulnerabilidades inesperadas podem ser desastrosas para o projeto.

Quais São as Principais Fases do ETH 2.0?

Como você pode imaginar, a Ethereum Foundation quer ir bem devagar com a atualização. Por causa disso, o processo de alteração para ETH 2.0 se compara a continuar vivendo em uma casa durante a reforma.

Resumindo, há três fases principais: Fase 0, Fase 1 e Fase 2. O blockchain existente do Ethereum 1.0 continuará a operar em cada estágio.

Veja o que envolve cada passo:

  • Fase 0 anunciará o lançamento da Beacon Chain, que será responsável por gerenciar validadores e entregar o mecanismo de consenso PoS — assim como distribuir penalidades e recompensas. Isso estava programado para ocorrer em janeiro de 2020.
  • Fase 1 adicionará sharding, dividindo a rede do Ethereum em 64 cadeias diferentes. Embora seja lógico pensar que isso multiplicaria a capacidade por 64, na verdade, significa que o ETH 2.0 pode realizar centenas de vezes mais transações por segundo do que seu antecessor. Essa parte do roadmap foi programada para 2021.
  • Fase 2 marcará a chegada de transferências e saques em ETH, juntamente com as funcionalidades do smart contract, levando, eventualmente, ao fechamento do blockchain do Ethereum 1.0 de um vez por todas. Espera-se que isso ocorra em 2022 — mas você já viu um projeto deste tamanho cumprir com a programação prevista?

Conforme esclarece este artigo do Medium.com por Jeffrey Hancock: "Infelizmente, tudo por trás da Fase 2 está em um estado excepcional de previsão e não há informações confiáveis sobre essas fases".

Centenas de desenvolvedores estão envolvidos com este projeto, que está sendo orquestrado pela Ethereum Foundation. Todos os complicados detalhes técnicos estão registrados na página dedicada do Github.

Por Que o Ethereum 2.0 Está Atrasado?

Agora você deve estar pensando "Janeiro de 2020! O Ethereum 2.0 já deve ter sido lançado! Como eu perdi isso?!"

Bom, não se preocupe, você não perdeu a notícia... a verdade é que o desenvolvimento deste novo blockchain está seriamente atrasado.

Após perderem o prazo original, esperava-se que o ETH 2.0 fosse lançado até julho — a tempo do quinto aniversário do blockchain. As rolhas de champanhe voariam, e os atrasos desagradáveis seriam esquecidos. Mas isso também não aconteceu.

O problema é que, a Beacon Chain só poderá ser lançada quando a testnet pública e o programa de bug bounty tiverem sido executados por alguns meses — e o Justin Drake, um membro da Ethereum Foundation, demonstrou ceticismo quanto a isso ocorrer no terceiro trimestre de 2020. Ele acredita que a estreia da Fase 0 só ocorrerá em janeiro de 2021 — um ano inteiro de atraso.

Na sequência das observações de Drake em meados de julho, um dos fundadores do Ethereum, Vitalik Buterin, se esforçou muito para tentar lidar com o pessimismo. Ele destacou que a testnet da Altona foi lançada em julho, e sugeriu que a Fase 0 poderia começar em novembro. Respondendo ao Drake na Reddit, Buterin disse: "Eu pessoalmente discordo bastante disso e gostaria de apoiar a fase de lançamento 0 significativamente antes [de 2021] independentemente do nível de prontidão".

Essa é uma afirmação ousada, arrojada e de alto risco. Realizar lançamentos antes de você estar totalmente pronto pode resultar em alguns transtornos para aqueles que confiam no blockchain ETH, derrubar o preço e descobrir vulnerabilidades de segurança desagradáveis.

Em meados de agosto, Buterin parecia ter reconsiderado isso... Numa entrevista em um podcast, ele disse: "Eu definitivamente admito que a implementação do Ethereum 2.0 é muito mais difícil do que esperávamos, do ponto de vista técnico. Eu definitivamente não acho que descobriremos quaisquer falhas fundamentais que tornem impossível, e eu acho que vamos finalizar. É apenas uma questão de tempo e, na verdade, estamos progredindo muito rapidamente."

O Que Ocorrerá Com o Blockchain do ETH 1.0?

Quando o Ethereum 2.0 eventualmente for lançado, ele será executado em conjunto com o Ethereum 1.0 por pelo menos alguns anos.

Assim que o ETH 2.0 estiver totalmente construído e funcional, ConsenSys disse: "O plano atual é para que a cadeia do Ethereum 1.0 se torne efetivamente o primeiro shard do Ethereum 2.0 quando a Fase 1 for lançada."

Na verdade, há algumas boas analogias descrevendo como a mudança funcionará.

Um funcionário do ConsenSys, Jimmy Ragosa, tentou explicar ao comparar Ethereum 1.0 a um ônibus, e Ethereum 2.0 a um trem.

Ragosa descreveu que o trem está sendo construído enquanto o ônibus está a caminho — e os passageiros do ônibus poderão continuar a viagem no trem assim que for lançada a Beacon Chain. "No final, o ônibus inteiro será carregado no trem", ele escreveu.

O Que Acontecerá com o ETH Que Possuo?

Se você possui Ether no momento, você pode estar preocupado que seu ETH não valha nada assim que o novo blockchain entrar em vigor.

Aqui está a coisa importante a se lembrar: não é a criptomoeda que mudará quando o ETH 2.0 for lançado, o que sofrerá alteração será a tecnologia blockchain. Não haverá nenhum novo token que você precisará comprar, tampouco você terá que fazer conversões de um ativo digital para outro.

Mas se você estiver segurando um valor interessante de ETH, uma coisa que você pode considerar é colocar suas criptomoedas para trabalhar no staking. Mas antes, um aviso: você pode querer não fazê-lo imediatamente. Os validadores que se juntarem à fase da Beacon Chain não poderão sacar seus Ether em stake até a Fase 2 da atualização, o que pode ocorrer daqui a 2 ou 3 anos.

Novamente, é importante esclarecer que você não poderá comprar ETH 2.0 após conclusão da atualização. Será o velho Ether que você conhece e ama, na mesma carteira Ethereum que você sempre usou.

Como o ETH 2.0 Afetará a DeFi?

O Ethereum 2.0 pode tornar as finanças descentralizadas muito mais práticas, tanto em termos de velocidade quanto em taxas de transação.

No momento, o ETH 1.0 pode gerenciar cerca de 25 transações por segundo (TPS). Isso mal é suficiente para um único protocolo DeFi, muito menos para toda uma rede blockchain.

Vitalik Buterin sugeriu anteriormente que a capacidade do ETH 2.0 poderia rapidamente pular para 100.000 TPS assim que cada fase fosse implementada corretamente.

Mas Kyle Samani, o fundador da Multicoin Capital, acredita que nem isso possa ser o suficiente, caso as finanças descentralizadas se tornem populares.

Ao avisar sobre os desafios que estão por vir durante uma discussão no Twitter em maio, ele escreveu: "Você pode, por favor, me explicar como você pode executar o sistema financeiro global com 25 TPS? Ou até 2.500 TPS? Ou até 25.000? Tenho certeza que você precisaria de pelo menos 1.000.000 TPS para que a cripto funcione em escala global."

Um milhão de transações por segundo! Tudo isso pode sugerir que, até mesmo com o lançamento do novo blockchain do ETH 2.0, toda uma rodada de melhorias adicionais precisaria ser feita para que a plataforma possa acompanhar as demandas dos usuários.

Esta Nova Tecnologia Blockchain Afetará os DApps do Ethereum?

Uma das preocupações em torno do ETH 2.0 é o impacto que a atualização poderá causar nos DApps existentes. Vamos acabar em um cenário como a Apple, onde os iPhones mais recentes não suportam mais aplicativos que foram projetados para os dispositivos antigos?

Em última análise, não há necessariamente o risco de que as DApps se tornem incompatíveis com este blockchain. Um perigo maior é que os solavancos na estrada, conforme a rede for lançada, poderiam causar perturbações nos negócios e retardar a atividade.

Se o lançamento do Ethereum 2.0 for feito corretamente poderá desencadear uma nova onda de inovações no blockchain, uma vez que os desenvolvedores, cansados das altas taxas de transação e baixos tempos de confirmação, começaram a sair para plataformas menores.

De acordo com o relatório de mercado da Dapp.com do 2T de 2020, há no momento 1.394 aplicativos descentralizados ativos. Desses, 575 — aproximadamente 41% do total, são executados no Ethereum. Nos dias áureos de 2017, este blockchain era uma das poucas opções para desenvolvedores que queriam construir seus próprios aplicativos — mas hoje em dia eles são mimados com tantas possibilidades.

Com o passar do tempo, podemos começar a ver o Ethereum retomando parte da capitalização de mercado que foi perdida ao longo dos anos. O relatório Dapp mostra que o Ethereum conseguiu dobrar o número de usuários ativos de aplicativos descentralizados no 2T, atingindo a máxima histórica de 1.25 milhão. Isso foi, em grande parte, impulsionado pela demanda por aplicativos DeFi.

O Que o Vitalik Buterin Acha do Ethereum 2.0?

Como vimos, Buterin está determinado em conseguir o lançamento deste blockchain — e parece que também não descansará em seus louros quando o ETH 2.0 se concretizar. Em março de 2020, ele lançou um roadmap detalhado do Ethereum de "o que podem ser os próximos cinco ou 10 anos do ETH 2.0 e além".

Ele também tem atuado firmemente contra as declarações de que o projeto do Ethereum 2.0 permaneceria inferior à forma com que o Bitcoin foi construído em 2009 Buterin insiste que o sharding, juntamente com a tecnologia de ponta conhecida como Provas de Conhecimento Zero, vão resultar na rede blockchain se tornando muito mais barata de ser usada do que o BTC.

O programador listou o consenso PoS, assim como a stateless verification (verificação sem estado) e 12-second block times (tempo de bloco de 12 segundos), como outros pontos exclusivos de venda para a rede como um todo.

Mas, apesar de todos esses benefícios, tudo volta ao único problema que os desenvolvedores do Ethereum estão desesperados para resolver. "ETH 2.0 é focado em escalabilidade", ele escreveu.

Quais São as Principais Desvantagens do ETH 2.0?

Buterin admitiu que uma das principais desvantagens ao alterar para o proof-of-stake é como ela é "definitivamente mais complicada tecnicamente, porque você precisa lidar com validadores".

Isso destaca uma questão mais ampla — uma que é crucial para desenvolver a adoção geral de uma vez por todas. O blockchain e as criptomoedas são coisas imensamente complicadas. Às vezes, mesmo alguém com um PhD em ciência da computação precisara tirar um minuto para refletir se ele entendeu corretamente o documento técnico de uma startup de cripto.

Tornar a plataforma mais técnica, corre o risco de afastar os consumidores comuns que, de outra forma, considerariam dar seus primeiros passos no mercado das criptomoedas.

A DeFi, uma indústria que também está impulsionando esta nova e frenética demanda pela rede blockchain, com frequência carece de simplicidade e usabilidade — especialmente para pessoas que nunca foram expostas aos ativos digitais.

Em meados de agosto, até mesmo Buterin tuitou: "Lembre-ser: você NÃO precisa participar do "último lançamento da DeFi" para estar no Ethereum. Na verdade, ao menos que você realmente entenda o que está acontecendo, é melhor ficar de fora ou